27 outubro 2009

Qualquer traço ou coisa que o valha

Que o vento me leve num descuido mudo,e que seja breve
para que eu aconteça fim-do-mundo antes que anoiteça
e segundo a segundo eu me ponha a ler entrelinhas
num livro qualquer, desfilando escuridão ou uma nota sem tom.
...vácuo...
que a noite me empurre de repente para as ondas de silêncio
que morrem tontas, quebradas na clausura de quem vive escuridão
só o som de respirar e suplicar ritmado, vendo pelo espelho (partido)
tanta e tantas estrelas num céu inacabado, tingido no último instante
de cor púpura pelo artista que foi primeiro carregado pelo vento.
... como um furacão...

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